O omeprazol é um dos medicamentos mais comuns para tratar gastrite e refluxo ácido. Em 2022, cerca de 64,9 milhões de unidades foram consumidas no Brasil, conforme estimativas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No entanto, o uso prolongado e sem orientação médica do remédio pode oferecer riscos à saúde.
O Dr. Lucas Nacif, cirurgião gastrointestinal, explica que o omeprazol faz parte dos inibidores da bomba de prótons (IBPs), atuando na redução da produção de ácido gástrico no estômago, o que alivia os sintomas e ajuda na cicatrização de úlceras e inflamações.
“O que muitos não sabem é que o medicamento deve ser utilizado apenas a curto prazo, por no máximo três meses. Dentro deste prazo, há exceções, pacientes com acompanhamento médico podem utilizar o medicamento durante um período maior. Porém, o risco surge quando o paciente faz uso indiscriminado sem o devido acompanhamento médico”, ressalta.
A seguir, o Dr. Lucas Nacif lista os principais riscos do uso prolongado de omeprazol. Confira!
O uso prolongado do omeprazol pode desencadear uma série de efeitos adversos. Um dos principais riscos é o desequilíbrio nutricional. O ácido gástrico é essencial para a absorção dos alimentos que ingerimos, incluindo nutrientes como cálcio, ferro e vitamina B12. Com o uso contínuo do medicamento, a redução da acidez estomacal pode levar a deficiências nutricionais, resultando em problemas como osteoporose, anemia e neuropatia.
O ácido gástrico ajuda a proteger o organismo contra germes e bactérias nocivas. Quando essa barreira natural é reduzida, o estômago e o intestino ficam mais vulneráveis à proliferação de bactérias ruins, como o Clostridium difficile, que pode causar infecções graves, diarreia intensa e desconforto.
Os IBPs (inibidores da bomba de prótons), como o omeprazol, interferem na absorção e excreção de minerais essenciais, como cálcio e magnésio. Isso aumenta a carga de trabalho dos rins, podendo causar desgaste renal ao longo do tempo, especialmente em quem já tem função renal comprometida. Em casos graves, o uso prolongado pode levar até à necessidade de diálise ou transplante.
Outro fator importante é a redução da densidade óssea, o que aumenta o risco de fraturas e osteoporose. Esse efeito tende a se acumular com o tempo, principalmente em idosos ou pessoas com dietas pobres em cálcio.
O omeprazol também pode alterar a flora intestinal, causando desequilíbrios que afetam a digestão e a saúde geral do sistema gastrointestinal.
Embora seja um medicamento útil para aliviar sintomas gástricos, é essencial usar o omeprazol com responsabilidade. “O uso deve ser limitado ao menor tempo possível e sempre sob orientação médica. Se precisar usar o medicamento com frequência, é importante investigar a causa dos sintomas e considerar alternativas viáveis de tratamento”, finaliza o Dr. Lucas Nacif.
Por Ana Carolina Batista
Fonte: Portal EdiCase
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