Elemento versátil e cheio de possibilidades, a bancada vem conquistando espaço nos projetos de arquitetura por reunir funcionalidade e estética em um único ponto do ambiente. Mais do que complementar o design da cozinha, ela redefine o uso do espaço e se adapta a diferentes estilos de vida, tornando-se peça-chave na integração entre pessoas e ambientes, seja no café da manhã antes de sair de casa ou no jantar em família.
De acordo com o arquiteto Raphael Wittmann, à frente da Rawi Arquitetura + Design, a bancada pode transformar a maneira de utilizar os ambientes, uma vez que aproxima as pessoas mesmo em uma vida bastante funcional. “Gosto da sua adaptabilidade às situações do dia a dia”, comenta.
Abaixo, confira como inserir a bancada de refeições no projeto de arquitetura!
1. Apoio funcional ou centro do projeto
Uma das principais decisões no momento de planejar uma bancada para refeições é definir seu papel no espaço. Será somente um apoio funcional ou compartilhará espaço com a pia e o cooktop? Essas atribuições dependem diretamente da área disponível e das prioridades listadas pelos moradores.
2. Ergonomia: medidas que fazem a diferença
Para um ambiente confortável, a ergonomia é determinante, e o arquiteto ressalta que as medidas devem respeitar o corpo humano e a forma como os usuários interagem. Bancadas de uso diário, por exemplo, podem variar entre 90 e 110 cm de altura, de acordo com o tipo de assento escolhido, e considerar uma referência de 25 a 30 cm de altura entre a bancada e a banqueta. “Assim, a postura fica adequada e a refeição mais confortável”, orienta Raphael Wittmann.

3. Espaço por pessoa e áreas de circulação
Também é fundamental pensar na área individual, de forma a garantir a circulação livre atrás das cadeiras ou banquetas, especialmente em cozinhas integradas ou apartamentos menores. Por isso, é necessário prever cerca de 60 cm de largura por pessoa. “Os erros mais comuns são o de planejar bancadas muito estreitas ou não respeitar a circulação. O resultado se traduz em desconforto e dificuldade de usar”, alerta o profissional.

4. Bons materiais
O material deve dialogar com o restante do projeto, mas, em geral, as bancadas são feitas de pedras naturais, como granito e mármore, quartzo, porcelanato, madeira ou lâminas ultracompactas, entre outras opções bastante utilizadas. “O fundamental é assegurar equilíbrio com a estética, resistência e boa manutenção”, enfatiza Raphael Wittmann.
5. Iluminação para valorizar o espaço
Por ser um ponto de destaque dentro da casa, a bancada merece um projeto luminotécnico adequado. A iluminação pendente é uma das escolhas mais comuns, pois, além de funcional, propicia uma atmosfera aconchegante.
Spots embutidos ou fitas de LED podem complementar a cena, destacando a área e reforçando a integração entre os ambientes. “Uma bancada sem a iluminação certa perde muito da sua função e estética“, avalia o arquiteto.
Por Emilie Guimarães
Fonte: Portal EdiCase