5 dicas para organizar as finanças da família até o fim do ano



O fim de ano está se aproximando e, com ele, vem o momento ideal para avaliar e até repensar as finanças da família. Essa reflexão é importante para manter a saúde financeira no próximo ano e evitar gastos desnecessários, especialmente em um período marcado por festas e compras. Rever o orçamento, ajustar prioridades e planejar metas econômicas ajudam a começar o novo ciclo com mais equilíbrio, além de prevenir conflitos familiares que podem surgir devido a questões relacionadas ao dinheiro.

Os problemas financeiros seguem sendo um dos principais motivos de brigas conjugais — dado comprovado em pesquisa realizada pelo Serasa, que mostra que 53% da população considera o dinheiro a principal causa de conflitos entre casais. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), por sua vez, identificou que problemas financeiros estão presentes em até 57% dos divórcios.

A organização financeira é importante para alcançar metas e manter um estilo de vida tranquilo. Porém, para Aline Soaper, educadora financeira, muitos brasileiros enfrentam dificuldades para equilibrar os gastos fixos, os imprevistos, as metas estabelecidas e os gastos variáveis. Esse comportamento torna a organização financeira mais complexa, dificultando a formação de reservas e o alcance dos objetivos ao longo do ano.

Por isso, a profissional lista cinco dicas para organizar as finanças da família até o fim do ano. Confira!

1. Faça uma revisão de gastos

O primeiro passo para reorganizar as finanças familiares é compreender de forma clara para onde o dinheiro está indo todos os meses. “Diversas famílias brasileiras mal sabem quanto gastam por mês, sendo que é essencial entender qual é a renda conjunta e quanto usam para arcar com as despesas“, explica Aline Soaper.

Revisar os gastos da família é fundamental. “Por isso, o mais indicado é fazer uma espécie de diagnóstico financeiro, onde todas as fontes de renda serão listadas e todos os gastos, desde os fixos, como aluguel, luz, água, escola, até os variáveis, como supermercado, lazer, delivery etc., serão traçados. Com essa análise, será possível começar a realizar um planejamento mensal, semestral e anual”, indica.

2. Defina um orçamento mensal

Para a educadora financeira, famílias, principalmente aquelas com filhos, tendem a ter despesas mais altas, tanto com as contas fixas quanto com gastos em lazer, educação e vestuário. Por isso, é fundamental estabelecer um valor máximo para os gastos mensais da família, garantindo assim que não haja prejuízos financeiros. Segundo ela, o planejamento e a definição de limites são essenciais não apenas para evitar compras desnecessárias, mas também para prevenir o endividamento.

Cortar despesas desnecessárias, como assinaturas pouco utilizadas, ajuda a economizar dinheiro (Imagem: PeopleImages.com – Yuri A | Shutterstock)

3. Corte as despesas desnecessárias

Reduzir pequenos gastos do dia a dia pode parecer irrelevante, mas é justamente neles que muitas famílias comprometem parte significativa do orçamento. “Existem práticas que já são habituais nas casas, principalmente as que possuem adolescentes. Diversas assinaturas que pouco são usadas, principalmente de streamings, pedidos de comida por delivery frequentes e gastos com videogames”, alerta.

Segundo Aline Soaper, esses serviços costumam ter valores simbólicos, mas, no fim do mês, fazem uma grande diferença no orçamento da família. É interessante cancelar as assinaturas que são pouco utilizadas e separar somente um dia específico para pedir o delivery, como no fim de semana, já que todos os membros costumam a ficar em casa”, recomenda.

4. Estabeleça metas

Viagens internacionais, um carro novo, se mudar para um apartamento melhor — essas são algumas dos objetivos mais comuns entre as famílias. As metas, para Aline Soaper, são importantes já que sem elas o dinheiro entra e sai sem controle. Dessa forma, evitam que sejam feitos com frequência compras por impulso, gastos acima do planejado e parcelamentos desnecessários.

5. Crie (ou reforce) a reserva de emergência

Ter uma reserva financeira é um dos pilares da estabilidade econômica e pode fazer toda a diferença nos momentos de imprevisto. “Ao longo dos meses, é normal que imprevistos aconteçam, o que faz com que famílias acabem mexendo na reserva para arcar com os gastos”, alerta a educadora financeira.

Mas, conforme Aline Soaper, é fundamental repor na reserva o valor usado. “Isso porque a quantia ajuda a evitar dívidas futuras em outros casos de despesas inesperadas. Já outras pessoas nem possuem essa reserva, o que não é indicado. É a principal estratégia para que caso o imprevisto ocorra, as metas não serão canceladas e nem contas importantes serão atrasadas”, finaliza.

Por Beatriz de Mello





Fonte: Portal EdiCase

Redação EdiCase

Recent Posts

Mendonça bloqueia bens de dirigente do Solidariedade em investigação contra descontos no INSS

A decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) André Mendonça que bloqueou R$ 389…

4 minutos ago

Modi se comprometeu a parar de comprar petróleo da Rússia; redução será gradual

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reiterou nesta quarta-feira, 15, que o primeiro-ministro da…

5 minutos ago

Restam quatro vagas no grid de 2026 da Fórmula 1; veja nomes favoritos às posições

Após George Russell e Kimi Antonelli terem seu contratos estendidos pela Mercedes nesta quarta-feira, as…

6 minutos ago

contador do PCC diz que fez mentoria com Marçal

Preso pela segunda vez na Operação Narco Bet, e investigado por suspeita de ligação com…

12 minutos ago

CVM aplica multa de R$ 26 milhões em caso de fraude no mercado

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) condenou Felipe Toscano, dono da Vix Trade, e o…

13 minutos ago

Kid Preto do núcleo 3 do golpe pede a Moraes liberação para fazer pós-graduação na prisão

Hélio Ferreira Lima, integrante das Forças Especiais do Exército, cujos membros são conhecidos como "Kids…

16 minutos ago

This website uses cookies.