5 dicas para manter a saúde dos animais no inverno

Com a chegada do inverno, os cuidados com a saúde precisam ser intensificados — e isso também vale para os animais de estimação. Assim como os humanos, cães e gatos sentem os efeitos das baixas temperaturas e ficam mais suscetíveis a doenças respiratórias, dores articulares e mudanças de comportamento.

“Os animais respiram o mesmo ar que nós e sentem os efeitos das temperaturas mais baixas de forma semelhante, principalmente os mais idosos”, explica o médico-veterinário Leonardo Veiga, professor de Medicina Veterinária da UniSociesc.

Por isso, é essencial adaptar a rotina durante os dias frios para garantir o conforto e a saúde dos pets. A seguir, confira os principais cuidados que devem ser adotados no inverno!

1. Abrigo adequado

Um dos cuidados mais importantes no frio é garantir que o animal tenha um abrigo seco, protegido do vento e da umidade. O professor Leonardo Veiga explica que a exposição a ambientes frios e molhados pode desencadear doenças respiratórias, principalmente em pets mais velhos ou que já tenham alguma doença crônica. “É fundamental que eles tenham acesso a um local onde possam se aquecer, com cobertas, mantas ou até roupinhas, se for o caso”, orienta.

Apesar de a temperatura corporal de cães e gatos ser ligeiramente superior à dos humanos (podendo chegar a 39,2ºC), isso não significa que eles não sintam frio. Por isso, a casinha deve estar isolada do chão e, se possível, com material térmico. Em apartamentos, vale separar um cantinho aquecido e livre de correntes de ar para o animal descansar com conforto.

2. Conforto térmico e roupas

A utilização de roupinhas é indicada para animais mais friorentos, de pelagem curta ou com pouca gordura corporal. Contudo, nem todos os pets aceitam bem essa opção. “Alguns animais realmente precisam de roupa para se manter aquecidos. Já outros lidam bem com o frio naturalmente. Cabe ao tutor observar o comportamento e intervir quando necessário”, destaca Leonardo Veiga.

A dica é testar e observar. Se o pet treme, está frequentemente encolhido ou procura locais mais quentes, pode estar sentindo frio. Mantas ou cobertores que eles possam puxar e se enrolar também são boas alternativas para manter o conforto térmico.

3. Passeios e atividades

Mesmo no frio, os passeios e atividades físicas devem continuar, pois ajudam a prevenir o sedentarismo e a ansiedade dos pets. No entanto, alguns cuidados são essenciais. Em dias chuvosos, o ideal é secar bem as patinhas ao retornar do passeio. “As patas, assim como as mãos humanas, abrigam microrganismos. Quando expostas à umidade, podem favorecer o crescimento de fungos entre os dedos, causando infecções fúngicas”, alerta o professor.

Outro ponto importante é ficar atento aos sinais de desconforto, como relutância em caminhar ou tremores durante o passeio. Nesses casos, vale reduzir o tempo ao ar livre ou utilizar roupas próprias para o frio. Também é recomendado evitar passeios muito cedo ou à noite, quando as temperaturas estão mais baixas.

Os animais podem sentir mais fome nos dias frios (Imagem: Pixel-Shot | Shutterstock)

4. Alimentação equilibrada e hidratação

Durante o inverno, é comum que os animais sintam mais fome, pois gastam mais energia para manter a temperatura corporal. Por isso, é natural que o apetite aumente. No entanto, o médico-veterinário alerta para o risco do ganho de peso. “É possível fazer um ajuste no volume de alimento, mas sem exageros. A obesidade é um problema crescente entre os pets e pode ser agravada pelo sedentarismo nos dias frios”, afirma.

A hidratação também não pode ser negligenciada. Apesar de beberem menos água no frio, os pets precisam manter uma boa ingestão de líquidos para evitar problemas renais e urinários. Manter a água limpa, fresca e acessível estimula o consumo.

As baixas temperaturas também podem agravar problemas de saúde, especialmente os respiratórios e articulares. Em gatos, é comum a asma felina, que pode ser desencadeada pelo frio e causar crises de tosse. Em cães, a gripe canina é uma das doenças mais frequentes nesta época. “Ela é causada por uma bactéria chamada Bordetella bronchiseptica e pode ser prevenida com vacina, inclusive na versão oral”, explica o professor.

Outro problema comum são as dores articulares. Animais com displasia coxofemoral ou artrose tendem a sofrer mais nos dias frios. “Eles demonstram relutância em se movimentar, dificuldade para se levantar ou mudanças de comportamento, como rosnar ou se isolar”, explica Leonardo Veiga. Observar esses sinais é essencial para buscar atendimento veterinário.

Para identificar se o pet está com dor, os veterinários utilizam escalas específicas, inclusive com leitura de expressões faciais. Todavia, o papel do tutor é insubstituível. “É o tutor quem conhece o comportamento do animal e percebe alterações sutis. Isso faz toda a diferença para um diagnóstico correto”, ressalta o professor.

Inverno pede atenção e adaptação da rotina

Cuidar dos pets no inverno vai muito além de roupinhas e cobertores. Exige atenção, observação e adaptação da rotina. Manter o bem-estar dos animais é uma forma de retribuir o carinho e a lealdade que eles oferecem todos os dias. E se surgir qualquer sinal de desconforto ou doença, é imprescindível procurar orientação veterinária imediatamente. “Compartilhar a coberta, o sofá e o carinho fazem parte do cuidado. Mas, o mais importante é manter os olhos e o coração atentos ao que os amigos de quatro patas precisam”, conclui Leonardo Veiga.

Por Genara Rigotti

Fonte: Portal EdiCase

Redação EdiCase

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