5 dicas para ensinar educação financeira para os filhos



O endividamento das famílias brasileiras com o sistema financeiro atingiu 48,7% em junho de 2025, conforme o Banco Central (BC). Um dos fatores que explicam esse índice é a falta de conhecimento sobre as finanças pessoais. Segundo pesquisa do Observatório Febraban feita pelo Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (IPESPE), 40% dos brasileiros admitem que entende pouco sobre educação financeira e 15% afirmam não entender nada.

“Falar sobre dinheiro ainda é um tabu em muitas famílias brasileiras. Isso porque na maioria das vezes não há um diálogo sobre essa questão e, sim, uma briga, já que o assunto só é pautado quando já há um endividamento. A educação financeira é um tema pouco abordado no dia a dia, o que impede que um planejamento minucioso seja feito. Entre as principais consequências disso, estão a alta probabilidade de endividamento, a dificuldade de alcançar metas, como comprar um imóvel ou realizar viagens, além de impossibilitar a realização de investimentos”, afirma o consultor financeiro Renan Diego.

A seguir, o profissional apresenta 5 dicas para ajudar as famílias a incluírem a educação financeira na rotina dos filhos. Confira!

1. Fale sobre o dinheiro desde a infância

A educação financeira pode e deve ser trabalhada desde a infância, de forma simples e adequada para cada fase do desenvolvimento. Segundo o consultor financeiro, quando os pais inserem o tema no dia a dia, ajudam os filhos a construírem uma relação mais saudável com o dinheiro e a desenvolverem responsabilidade desde cedo.

“É possível abordar o assunto desde cedo, por volta dos 5 anos, os pais já podem introduzir a educação financeira, colocando moeda no cofrinho um dia e dobrando no seguinte, assim os responsáveis ensinam de forma lúdica sobre investimento. Com 10-12 anos, os filhos já conseguem ser mais conscientes com números, então é possível incluí-los em conversas simples sobre orçamento, explicando o que precisa economizar e quais são as prioridades da família”, recomenda Renan Diego.

2. Adicione exemplos práticos no dia a dia

Para o profissional, dividir as despesas é uma excelente ferramenta de educação financeira, pois permite que os filhos passem a ter mais consciência sobre quais são os gastos da casa. Com isso, eles começam a entender o que é essencial e o que é supérfluo, avaliando o que pode ser ajustado.

Porém, Renan Diego alerta que é importante que os pais tenham atenção ao tom da conversa. Ela não deve ser sobre cobrar os filhos, mas incluí-los nas finanças, explicando que a participação deles no planejamento financeiro pode ajudar a bater determinadas metas, como realizar uma viagem ou ter mais momentos de lazer.

3. Faça uma divisão de despesas justa

A participação dos filhos na organização das finanças familiares também é um passo importante para que eles desenvolvam autonomia e responsabilidade com o dinheiro. Essa prática pode começar de forma gradual e adequada à realidade de cada família.

“Em relação à contribuição financeira, é possível iniciá-la quando os filhos começam a ter uma renda, mesmo que sejam estagiários e mesmo que ajudem em contas baixas e básicas, como uma compra menor no supermercado. Dessa forma, esses jovens vão saber o preço dos itens, vão desenvolver uma maturidade maior […]”, afirma Renan Diego.

O diálogo aberto entre pais e filhos é fundamental quando o assunto é contribuição financeira (Imagem: pics five | Shutterstock)

4. Não faça comparações

Segundo o consultor financeiro, o diálogo aberto entre pais e filhos é fundamental quando o assunto é contribuição financeira em casa. No entanto, ele deve ser encarado de forma a fortalecer o vínculo familiar, sem comparações entre os custos dos pais com as despesas ou irmãos.

“A contribuição dos filhos é saudável desde que seja feita com um diálogo claro, com respeito e bom senso. A cobrança não deve ser feita com um tom de comparação com outros filhos, nem com um tom autoritário […]. O ideal é criar um espaço de diálogo e entender o motivo pelo qual o filho ainda não tem um salário estável para contribuir em casa ou, se tem, por que não quer ajudar”, recomenda o especialista.

5. Faça uma planilha conjunta

O profissional também indica ter uma planilha ou documento que permita ter um controle financeiro, um orçamento das despesas, tendo ali exatamente tudo que está entrando de dinheiro e tudo que está saindo, abrindo essas informações com os membros.

Outra dica é o que chama de check-in financeiro, em que em um dia do mês todos vão conversar sobre seus gastos, sobre as receitas, sobre as metas. Quando a família compra essa ideia, todos podem colaborar. E, claro, sempre levando a mensagem que o dinheiro nunca é o vilão, ele é uma ferramenta para a família ter mais qualidade de vida e para conseguir realizar mais sonhos.

Por Beatriz de Mello





Fonte: Portal EdiCase

Redação EdiCase

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