Setembro Amarelo, mês da conscientização e prevenção do suicídio, é uma oportunidade importante para refletir sobre como as doenças emocionais, como a ansiedade e a depressão, afetam as crianças durante a primeira infância, fase que acontece do nascimento até os seis anos.
É durante a primeira infância que a criança constrói suas bases cognitivas, emocionais e sociais, aprendendo a lidar com frustrações, criar vínculos afetivos e desenvolver autonomia. Quando esse processo é marcado por dificuldades emocionais ou falta de apoio adequado, surgem os riscos de desenvolver quadros de ansiedade e até depressão.
“Ansiedade e depressão podem passar despercebidas em alguns casos, e esse é um grande desafio, porque crianças nessa idade ainda não conseguem verbalizar claramente o que sentem. Por isso, os sinais aparecem principalmente no comportamento, e precisam ser observados de perto pelos pais e cuidadores”, orienta o neurocirurgião e especialista em desenvolvimento infantil André Ceballos.
Os sintomas mais comuns de doenças emocionais na primeira infância são:
Algumas crianças respondem aos sintomas da ansiedade e depressão com explosões de raiva, gritos e comportamento agressivo. Outras ficam mais reclusas, buscam se isolar para se sentirem mais confortáveis e seguras. Em alguns casos, elas se negam a sair de casa, ir para a escola ou frequentar a casa de parentes.
Insônia, pesadelos, não querer dormir sozinha ou até mesmo xixi na cama constantemente podem indicar que a criança está sofrendo com algum problema emocional. Além disso, os desafios podem se estender para a alimentação: não ter interesse pelo alimento ou comer excessivamente pode ser um pedido silencioso de socorro.
A ansiedade e a depressão também podem afetar o desempenho escolar e o interesse pelas atividades cotidianas, como brincar, desenhar, assistir desenhos. Crianças que se distraem com facilidade, não conseguem terminar tarefas simples ou demonstram falta de motivação para aprender podem estar manifestando um quadro de sofrimento psicológico.
Quando a criança apresenta dores frequentes, mas os exames médicos não identificam nenhuma causa física, é possível que o problema esteja ligado ao emocional. “Na infância, o corpo muitas vezes fala pelo que a mente ainda não consegue expressar em palavras. Essas queixas devem ser levadas a sério e investigadas”, reforça o neurocirurgião.
Segundo André Ceballos, a família tem um papel essencial no processo de identificação da ansiedade e da depressão na infância. “Pais e responsáveis devem estar atentos a mudanças de comportamento e de humor. Ao perceber esses sinais, o ideal é procurar um médico. Com o diagnóstico, o ambiente familiar torna-se fundamental para um tratamento bem-sucedido e, em muitos casos, para a cura”, comenta.
Manter um diálogo aberto, oferecer um espaço acolhedor, propor atividades prazerosas como passeios e momentos em família, além de demonstrações de afeto no dia a dia, são atitudes que contribuem para o cuidado contínuo da saúde emocional. Todo o núcleo familiar precisa estar envolvido e atento às mudanças da criança, para que ela se sinta valorizada, apoiada e ouvida.
Por Alice Veloso
Fonte: Portal EdiCase
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