4 curiosidades sobre o paladar dos cachorros

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4 curiosidades sobre o paladar dos cachorros

Para os cães, a hora da refeição é, sem dúvida, um dos momentos mais prazerosos do dia. Isso acontece não apenas pela satisfação em se alimentar, mas também pela forma como o paladar desses animais funciona. Embora seja menos desenvolvido do que o dos humanos, os cachorros possuem receptores gustativos capazes de distinguir sabores como doce, salgado, amargo e azedo, além de serem muito sensíveis aos aromas que acompanham a comida.

A seguir, Mayara Andrade, médica-veterinária da GranPlus (marca de alimentos para cães e gatos), compartilha algumas curiosidades sobre o paladar dos cachorros que podem ajudar os tutores a entenderem melhor os hábitos e as preferências dos seus pets. Confira!

1. Gostam de texturas específicas

Segundo Mayara Andrade, as texturas dos alimentos têm influência direta na aceitação e no bem-estar dos pets. Por exemplo, alguns cães demonstram preferência por alimentos enlatados ou semiúmidos, enquanto outros se inclinam mais por opções secas. “Essa escolha varia conforme as preferências individuais, mas não há uma regra universal”, explica.

A veterinária ressalta que texturas crocantes e mastigáveis podem contribuir para a saúde bucal, reduzindo o acúmulo de tártaro, ao passo que pets com problemas dentários podem necessitar de texturas mais macias, como patês e sachês. “Pensar na textura — seja crocante, macia ou uma combinação entre ambas — é essencial para garantir aceitação, prazer na refeição e benefícios para os cães”, afirma.

2. Tem preferencias alimentares individuais

Assim como os humanos, os cães também podem rejeitar certos sabores ou ingredientes, mesmo que sejam seguros e nutritivos. “Eles apresentam preferências alimentares individuais influenciadas por fatores fisiológicos, comportamentais e ambientais. Aspectos como aroma e sabor, além de características específicas do alimento, como tamanho, formato, dureza, densidade e umidade, também afetam a aceitação”, explica Mayara Andrade.
Segundo a veterinária, é importante que o tutor perceba como o animal reage a cada alimento: “se come com entusiasmo, se demonstra interesse pelo pote ou se deixa restos. Esses sinais ajudam a identificar preferências, mas é fundamental que a base da dieta seja sempre um alimento completo, balanceado e de qualidade. Assim, conseguimos unir saúde e prazer na refeição”.

Cachorro lambendo um sorvete na mão de uma pessoa
Os cachorros percebem os sabores de maneira diferente dos humanos (Imagem: annokhotska | Shutterstock)

3. Sentem sabor de forma diferente dos humanos

Humanos e pets sentem sabor de formas diferentes devido à anatomia da boca, quantidade de papilas gustativas e ao olfato. Enquanto humanos têm cerca de 9.000 papilas e percebem doce, salgado, azedo, amargo e umami, cães possuem cerca de 1.700 a 2.000, apreciando principalmente sabores de carne e gordura.

Mayara Andrade explica que, nos cachorros, o olfato é essencial para a aceitação do alimento, e textura e temperatura também influenciam, enquanto nos humanos esses fatores têm impacto menor. Ou seja, o perfil aromático também é determinante para abrir o apetite dos cães.
“Por isso, o desenvolvimento de alimentos cada vez mais saborosos é uma tendência crescente na nutrição pet, com fórmulas balanceadas e de alta palatabilidade, criadas para conquistar até os paladares mais exigentes — garantindo não apenas prazer, mas também saúde e bem-estar”, reforça a veterinária.

4. Precisam de uma rotina regular

A médica-veterinária explica que não há um horário universal, mas os cães se beneficiam de uma rotina regular. Segundo ela, a previsibilidade ajuda na digestão e no bem-estar do animal.
“O número de refeições ao dia varia de acordo com a necessidade de cada pet e também da rotina do tutor, mas, em geral, é recomendado alimentar cães adultos saudáveis pelo menos duas vezes ao dia. Os horários sugeridos são pela manhã e no final da tarde, antes do horário de descanso, para evitar desconfortos digestivos durante a noite. É importante também alimentá-los imediatamente após atividades físicas intensas, para prevenir problemas digestivos”, orienta.

Por Roberta Muller





Fonte: Portal EdiCase

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