A obesidade infantil é uma condição caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal em crianças, resultante principalmente do desequilíbrio entre o consumo e o gasto de energia. Ela ocorre quando a ingestão calórica é maior do que o corpo utiliza, levando ao aumento de peso.
Mais de 391 milhões de crianças e adolescentes, entre 5 e 19 anos, estão acima do peso. Desse total, quase a metade — cerca de 188 milhões — apresenta obesidade. Isso é o que aponta o relatório “Alimentando o lucro: como os ambientes alimentares estão falhando com as crianças”, elaborado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). Segundo o registro, pela primeira vez na história, o excesso de peso em crianças e adolescentes em idade escolar superou a desnutrição no mundo.
Muito além da estética, a pediatra Lilian Ferreira Shikasho, professora do curso de Medicina do Centro Universitário Integrado de Campo Mourão (PR), adverte que o excesso de peso na infância é preocupante, pois pode comprometer a saúde e o desenvolvimento físico, emocional e social dos pequenos. “Muitas dessas crianças obesas vão se tornar adultos obesos. E com a obesidade vêm todas as suas complicações metabólicas e cardiovasculares”, explica.
A lista de problemas à saúde inclui:
A pediatra lembra que os efeitos da obesidade infantil também se manifestam no comportamento e na autoestima. “Crianças obesas podem apresentar sintomas psicológicos como baixa autoestima, depressão, ansiedade e fobia social. Muitas vezes, são vítimas de bullying na escola e sofrem com isso”, relata Lilian Ferreira Shikasho.
No aspecto físico, as consequências vão desde a restrição de movimento e dor nas articulações (causadas pelo excesso de peso) até alterações no sono, como roncos e apneia, e no desenvolvimento puberal, que pode ser adiantado nas meninas e atrasado nos meninos. Sinais de alerta para os pais e responsáveis incluem cansaço excessivo para atividades cotidianas, humor deprimido e vergonha do próprio corpo.
A alimentação inadequada é um dos fatores que contribuem para o aumento da obesidade infantil. A coordenadora do curso de Nutrição do Centro Universitário Integrado, Janaiara Moreira Sebold Berbel, alerta que o consumo excessivo de ultraprocessados é o principal vilão.
“Salgadinhos, biscoitos recheados, refrigerantes, sucos de caixinha e embutidos são alimentos ricos em açúcar, gordura saturada e sódio, mas pobres em nutrientes. Eles fornecem o que chamamos de ‘calorias vazias’ e não contribuem para o crescimento saudável”, explica.
Outro problema é o baixo consumo de frutas, legumes, verduras, nozes e sementes, óleos vegetais, grãos integrais, produtos lácteos, ovos, aves e peixes. “Esses alimentos são ricos em fibras, vitaminas e minerais, promovem saciedade e ajudam a prevenir doenças. Por isso, devem estar sempre presentes nas refeições das crianças”, reforça Janaiara Moreira Sebold Berbel.
Para introduzir hábitos saudáveis no dia a dia, o exemplo dos pais é fundamental. “A criança aprende por imitação. Se os pais têm uma alimentação equilibrada, é mais provável que os filhos sigam o mesmo caminho”, orienta a nutricionista.
Abaixo, veja outras dicas para criar bons hábitos desde cedo e ajudar a prevenir a obesidade nas crianças!
Levá-los ao supermercado, deixá-los escolher frutas e legumes, ajudar na lavagem e no preparo das refeições é essencial. “Quando participam, as crianças ficam mais curiosas para provar novos alimentos”, diz a nutricionista.
Essa prática torna esses momentos leves e prazerosos. “As famílias devem definir o quê, quando e onde a criança vai comer e deixar que ela decida o quanto comer, respeitando seus sinais de fome e saciedade”, ensina Janaiara Moreira Sebold Berbel.
A pediatra Lilian Ferreira Shikasho salienta que as crianças devem realizar entre 30 e 60 minutos de atividade física todos os dias e que o tempo de tela deve ser limitado a, no máximo, duas horas diárias para os maiores de dois anos. Quanto ao sono, o ideal é que crianças em idade pré-escolar durmam de 10 a 13 horas por dia. Para adolescentes, o indicado é de 8 a 10 horas.
“A saúde das crianças depende de uma mudança de perspectiva e rotina que envolve toda a família. Proteger os pequenos da obesidade é um ato de cuidado construído no dia a dia, com exemplo, paciência e muito amor”, conclui a médica.
Por Marlise Groth
Fonte: Portal EdiCase
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