O pequeno goianesiense, Emanuel Justo Martins, de 2 anos e 10 meses, venceu na justiça o direito de ser operado com urgência. O menino que possui uma cardiopatia, trata desse que nasceu de “síndrome do meio coração”. Agora, o próximo passo é a cirurgia, avaliada em mais de R$ 300 mil, mas que garantirá a continuação do tratamento do menino, que foi operado em outubro de 2020, e depois em janeiro de 2021.
Emanuel está internado em Goiânia desde o dia 16 de junho, na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) enquanto aguarda a operação que deve acontecer em São Paulo. Já o Ipasgo disse em nota que está fazendo o possível para que o menino seja atendido de forma rápida e de acordo com o que diz a lei.
A decisão da justiça sobre o caso, por meio do juíz Bruno Leopoldo Borges Fonseca, também determina que a internação seja custeada pelo Ipasgo. Além dos valores com transferência e cirurgia, que deve ocorrer no Hospital de Beneficência Portuguesa, em São Paulo. De acordo com o texto, gastos com alimentação, hospedagem e transporte também entram na conta.
Ao jornal “O Popular” a mãe do Emanuel, Débora Martins, disse ter vivido momentos de aflição e angústia, enquanto aguarda a transferência do filho: “A bradicardia [ritmo cardíaco irregular] é como se fosse um bloqueio do coração. Meu filho corre o risco de ter uma bradicardia e não voltar mais, de o coração ter uma insuficiência”, disse a mãe do menino.
Em nota, o Ipasgo disse que: “A Beneficência Portuguesa tem condicionado o atendimento do paciente ao pagamento antecipado dos valores referentes à terceira etapa da correção da cardiopatia. No entanto, o plano de saúde entende que ainda no mês de dezembro de 2022 foram realizados os pagamentos necessários à realização dessa mesma cirurgia, conforme orçamento apresentado à época, e que a nova fatura configura duplicidade”.
Sem avanços nas tratativas administrativas para solução do caso, o Ipasgo Saúde decidiu pleitear que a Justiça determine atendimento imediato a Emanuel, enquanto paralelamente a instituição e a Beneficência Portuguesa buscam convergência em relação aos orçamentos apresentados e aos pagamentos realizados.
Nota do Ipasgo
O Ipasgo Saúde não se opôs e não se opõe à assistência ao beneficiário Emanuel Justo Martins. Pelo contrário, antes mesmo da decisão judicial sempre defendeu que ele se submeta imediatamente à terceira etapa da correção da cardiopatia. Tanto que, inclusive, já contratou táxi aéreo para transporte da criança até São Paulo. A transferência ainda não foi realizada apenas porque a Beneficência Portuguesa condiciona o recebimento do paciente ao pagamento antecipado dos valores referentes ao procedimento. No entanto, ainda em dezembro de 2022 o Ipasgo realizou os pagamentos necessários à realização dessa mesma cirurgia, mas ela não ocorreu. Por isso, na mesma decisão judicial foi dado prazo de 24 horas para que a Beneficência Portuguesa de São Paulo explique as cobranças. Sem avanços quanto a uma solução administrativa, apesar das tentativas, o Ipasgo Saúde decidiu pleitear que a Justiça determine a realização do procedimento, enquanto paralelamente a instituição e a BP buscam convergência em relação aos orçamentos apresentados e aos pagamentos realizados.