Coordenado pela professora Lucélia Ângela dos Santos, o Coral Liberdade vem fazendo jus ao seu nome. Com pouco mais de um mês na ativa, o projeto social implantado no Colégio Estadual Laurentino Martins, na região norte de Goianésia, pela coordenação do Atendimento Educacional Especializado (AEE), têm de fato devolvido a liberdade para vários alunos.

O coral reúne 11 alunos. São autistas, deficientes auditivos (DA), e deficientes intelectuais (DI). Jaqueline Francisca de Almeida Cardoso, mãe do aluno Gabriel Almeida Cardoso, de 13 anos, que cursa o 8º ano, também participa do projeto, totalizando 12 vozes, geridas pelo professor de música, Ismael Casteliano, ex-aluno da unidade educacional, que voluntariamente, uma vez por semana, desloca até o colégio para ensaiar os alunos. O projeto ainda conta com participação da professora Deucilene Lacerda (intérprete de Libras), e Ivoneide Campelo (apoio).

Um dos alunos que se envolve com o coral é Kaleb Charles Alves da Silva, de 12 anos, que atualmente cursa o 7º ano e foi diagnosticado com autismo. Depois que passou a se envolver com o coral, as mudanças comportamentais estão sendo nítidas.

“O Kaleb era um aluno que tinha dificuldades em se relacionar”, conta a coordenadora Lucélia Ângela. “Ano passado teve várias ocorrências, quando ele dava crises. Houve momentos que a gente teve que fazer a intervenção porque houve agressão física, com os colegas e até mesmo com o professor”, completou.

Segundo Lucélia, quando fizeram a proposta para o Kaleb, de início ele rejeitou, porque ele não gostava de barulho. Após insistência, ele compareceu em um ensaio, ficou apenas em um canto observando, porém, dias depois aceitou fazer parte do coral, e hoje é uma das principais vozes.

“Hoje o Kaleb já consegue ir pra sala de aula sem o foninho [o aluno usava fone de ouvido para amenizar o barulho]. Este ano [2023] não teve nenhuma agressão ou crise aqui na escola [envolvendo o Kaleb]. As crises que ele dá, ele já consegue ter controle. Não teve nenhum momento que eu tive que fazer intervenção por agressão física. Ele consegue hoje ter o autocontrole”, explicou Lucélia.

Para o pai de Kaleb, o microempresário e pastor, Charliton Alves da Silva, em casa, as mudanças também já são perceptíveis.

“Ele ficava muito agitado [nervoso] quando tinha várias pessoas falando ao mesmo tempo. Depois que ele começou a participar do coral, isso começou a amenizar. A gente já começou a ver uma diferença, sobre este nervosismo dele, a respeito de ficar no mesmo ambiente com várias pessoas, falando em voz alta. Porque no coral os cânticos são altos. Então isto já vem amenizando na personalidade dele”.

“Este trabalho que a Lucélia faz aqui, toda equipe, isto aqui é Divino. Eu falo pra você que isto aqui é coisa de Deus. A gente não vê isso em outros lugares. Então eu louvo a Deus pela vida deles, porque esse trabalho, a recompensa maior ela vai receber de Deus, porque o que ela faz, a dedicação dela, da equipe, todos eles, nesta escola aqui é excepcional. Louvo a Deus por ele ter vindo estudar aqui”, elogiou o pai.



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