Em setembro de 2015 chegava ao mundo a garotinha Heloísa Solidonio, que nasceu após uma cesariana no Hospital Municipal Irmã Fanny Duran, em Goianésia. Hoje, 26, a pequena completa 7 anos, e o local escolhido para comemorar esta importante data foi o quartel da Polícia Militar.
Vestida a caráter e acompanhada da mãe, a garotinha, que tem o sonho de ser policial, passou por uma sessão de fotos na sede do 23º Batalhão da Polícia Militar - BPM, onde, mesmo sem saber, tirou fotos com seus “heróis”, e ainda foi presenteada com uma camisa do Flamengo, seu time do coração, como presente de aniversário.
A história de Heloísa Solidonio é bastante emocionante. Em 26 de setembro de 2015, data de seu nascimento, seus pais, Tarcísio Esperandio e Lorrany Solidonio, moravam em Uruaçu. Sua mãe fez todo pré-natal na cidade, porém, no dia do parto, o hospital não dispunha de um anestesista, e devido as complicações, não dava pra realizar parto normal.
Diante da situação, na manhã daquele dia, já sentido fortes dores, o médico que atendeu Lorray viu a necessidade de transferi-la para Goiânia, mas devido a distância, quase 300km, e o medo de não conseguir chegar na capital, o médico entrou em contato com o Hospital Municipal de Goianésia, e obteve resposta positiva que poderia encaminhá-la.
A mulher entrou no carro do esposo e seguiram para Goianésia. No meio do caminho, além do veículo apresentar problemas mecânicos, e terem de parar, eles receberam uma ligação do Hospital de Goianésia informando que também não teriam como atendê-la. Em trabalho de parto e sentindo fortes dores, os pais da garotinha ficaram sem saber o que fazer, mas minutos depois avistaram uma viatura da Polícia Rodoviária Estadual - PRE - tendo como integrantes, o hoje, Subtenente Itamar e o Cabo Jota Carlos, que realizavam patrulhamento na região.
“Entre Placa e Barro Alto, nosso carro estragou e a gente encontrou eles no meio da estrada, e eles deram socorro pra gente nesse trajeto, e também foi através da intervenção deles, com a diretoria [do hospital municipal] e com os médicos que eu consegui ter o atendimento”, lembrou Lorrany.
De imediato, ao tomarem conhecimento do fato, os policiais colocaram o casal dentro da viatura e deslocaram rapidamente para Goianésia, mas, ao chegarem no hospital, o atendimento foi negado. Não tinha como eles retornarem para Uruaçu, muito menos correrem para Goiânia, não daria tempo. Assim, o Subtenente Itamar tomou frente nas negociações.
“Eu peguei minha prancheta e comecei a anotar os nomes de todos do hospital, informando a eles que se acontecesse algo com a mulher, ou com o bebê, todos seriam penalizados. Logo me chamaram na direção e informaram que iam realizar o parto. Isto já era mais de 10 horas, antes das 13, o esposo da Lorrany me ligou e disse que Heloísa havia nascido”, explicou Itamar.
Sete anos se passaram. Hoje foi a primeira vez que os policiais tiveram contato com Heloísa. Não faltou emoção aos militares, ainda mais quando foram informados que a pequena tem o sonho de ser policial, mesmo sem ainda saber de sua história. Aquele 26 de setembro de 2015, com certeza ficará marcado na memória de Lorrany, Tarcísio, Subtenente Itamar e Cabo Jota Carlos. Uma história que tinha todos os ingredientes para ter um fim triste, mas que no final, graças à ação rápida de dois militares, está tendo uma história mais que especial.
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