As enfermeiras Juliana Amador S. Mendes, coordenadora da Vigilância Epidemiológica de Goianésia, e Ana Raquel S. Faquini, coordenadora de Imunizações do mesmo município, ministraram palestras, na noite dessa quarta-feira, 30, sobre Dengue, Influenza e Covid-19, na Escola Municipal Antônio Fernandes, para alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA) dessa e das escolas também municipais Luiz de Oliveira, Professora Judith Leite e Imorvides Naves. Foram tiradas dúvidas sobre as doenças e desfeitos mitos e fake news.
Durante 37 minutos, Juliana Amador tratou de Dengue - o carro-chefe das exposições, já que as palestras integraram o projeto Ação em Combate: Todos contra a Dengue (o que é a Dengue, os sintomas, como ela é transmitida, o tratamento, os cuidados, como prevenir, como reconhecer o Aedes aegypti, o macho e a fêmea, o ciclo de vida do mosquito e os seus criadouros na escola e fora da escola) e de Influenza; e, durante outros 15 minutos, Ana Raquel abordou a Covid-19.
“Trouxemos temas pouco abordados durante a pandemia, a Dengue e a Influenza, haja vista a oportunidade de falar com esse público, os alunos da EJA, que são multiplicadores de conhecimento e vão nos ajudar muito”, afirmou Ana Raquel, que gostou das exposições feitas por ela e Juliana Amador, a julgar a interação dos ouvintes.
“Aprendi sobre as vacinas da Influenza e da Covid-19, que se não vacinar pode morrer”, afirmou Gésio Felipe de Jesus, de 58 anos, um dos alunos que mais interagiram durante as duas exposições, sem se esquecer do que aprendeu também sobre a Dengue: “Também pode matar, não é mesmo? Eu tô é fora, fora mosquito da Dengue!”
Para seu Gésio, morador no Bairro Boa Vista e aluno da EJA da Escola Municipal Judith Leite, uma noite de muitas dúvidas tiradas e enriquecedora de conhecimento.
”Tem muita coisa que a gente não sabia e eu fiquei sabendo hoje. Toda vez que tiver, eu tenho que participar. É bom pra mim, pra você e pra todo mundo”, constatou.
“Importante, essa conscientização. Valeu demais a pena. Eles [alunos da EJA] estavam realmente interessados e vimos que eles multiplicarão as informações aqui recebidas”, disse Juliana Amador. “É o boca a boca das informações que consegue um movimento maior”.
A gestora da Escola Municipal Antônio Fernandes, Neide Alves Rosa Cintra, que abriu a noite de exposições, julgou importantes as abordagens das duas enfermeiras da Secretaria Municipal de Saúde, parceira da Educação no desenvolvimento do Ação em Combate:
“Foram muito boas. Na semana passada, já tivemos a exposição para os alunos do ensino fundamental na nossa unidade e, hoje, fechamos com chave de ouro, com os alunos da EJA da nossa e de mais três escolas. Foi muito bom, de muita relevância para toda a comunidade”, afirmou Neide.
Influenza
A coordenadora de Imunizações aproveitou o contato para anunciar, para a semana que vem, o início da vacinação contra a Influenza, lembrando que “é mito que que vacina contra a Influenza gripa”.
“A Campanha de Influenza este ano terá duas etapas, ela inicia no dia 4 de abril e vai até 30 de abril, com o público de idosos de 60 anos acima e trabalhadores da saúde; e do dia 2 de maio a 3 de junho, para os demais grupos prioritários, crianças de 6 meses a menor de 5 anos, gestantes, puérperas, comorbidades, todos esses grupos nessa segunda etapa”, disse.
“E nós teremos o Dia D, no dia 30 de abril, um sábado, para todos os grupos prioritários”, informou.
Ana Raquel disse aos alunos da EJA que a vacinação contra a Covid-19 continua, disponíveis a primeira, segunda e dose de reforço, todos os dias, de segunda a sexta, das 8h às 16h, na sala de vacinação no antigo prédio da UniRV, sem fechar para o almoço.
Crianças
Uma das informações que chamaram a atenção, dita pela palestrante Juliana Amador, coordenadora de Vigilância Epidemiológica, e que preocupam, é a baixa procura pela imunização das crianças, de 5 a 12 anos de idade, contra a Covid-19.
“Sim, preocupante. Município de Goianésia está há quase dois meses com a vacinação para esse público e nós temos cobertura só de 28%. É uma cobertura baixa, onde temos mais de 7 mil crianças, desse público, para ser vacinadas. É preocupante”, afirmou.
Juliana Amador acredita a baixa procura dos pais seja influenciada pelas fake news e pela preocupação mesmo dos pais e orientou: “Tem que colocar na balança o risco-benefício da vacina”.
A coordenadora de Imunizações do município, Ana Raquel, concorda: “Algo que nos preocupa, porque não se sabe, daqui para frente, como vai ser, se vão vir novas cepas. O que a gente pede mesmo é que os pais e responsáveis estejam atentos a esse cenário e levem as suas crianças para serem vacinadas. Ainda temos esperança de os pais estarem procurando, sim”.
Ana Raquel reforça que, em caso de dúvidas, os pais devem procurar os locais de atendimento, onde os profissionais da saúde estão aptos a esclarecê-las.
“Nós estamos à disposição, a equipe está preparada para receber esse público. A vacina é pediátrica, própria para esse público. Então, é algo seguro”, garantiu Ana Raquel.
Idosos
Ana Raquel disse ainda que a quarta dose será ministrada para idosos, de 80 anos acima, com as três doses já ministradas e intervalo de quatro meses. A expectativa é que as vacinas cheguem para esse público receber a chamada segundo reforço, a partir da semana que vem.
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