A demissão do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, foi acertada com o presidente Jair Bolsonaro neste sábado, 13. O presidente foi até o Hotel de Trânsito de Brasília, onde mora o ministro. Os dois ficaram reunidos por quase uma hora e ficou acertado que Pazuello vai deixar o cargo nos próximos dias.
Antes da troca na pasta ser confirmada pelo Palácio do Planalto, o presidente Jair Bolsonaro está conversando com candidatos ao cargo de ministro. O presidente recebeu na tarde deste domingo a médica Ludhmila Hajjar, que é cardiologista e atendeu o próprio ministro Pazuello quando ele foi infectado pela covid-19. A ala militar do governo defende que seja um nome técnico.
Em outra frente, o Centrão pressiona para que o deputado federal Luizinho (Progressistas-RJ) assuma a função. Ele é médico e aliado fiel do atual presidente da Câmara, Arthur Lira.
A versão oficial que o Planalto vai divulgar para justificar a saída de Eduardo Pazuello é que o militar está com problemas de saúde e vai deixar o cargo por esse motivo. Mas o fato é que Jair Bolsonaro foi pressionado para fazer a mudança - não só por governadores, mas também por parlamentares aliados.
Enquanto isto, o Ministério da Saúde ainda não confirma oficialmente a saída de Pazuello. Em nota, a pasta diz que "até o momento", o militar segue à frente do ministério, e sua gestão "empenhada nas ações de enfrentamento da pandemia no Brasil".