Goianésia hoje conta em sua rede hospitalar com quatro hospitais particulares, um público e a Unidade de Pronto Atendimento - UPA, mas nem todos recebem pacientes diagnosticados com Covid-19. Em meio à pandemia do coronavírus que enfrentamos a mais de um ano, o repórter Dener Rafael, em parceria com Diego Vieira e Paulo Silva, da RVC, visitou os hospitais particulares e a UPA nesta terça-feira, 02, no sentindo de conferir como anda a carga hospitalar da cidade, e em pelo menos dois deles constatou-se uma triste realidade: “não há vagas”.
“Nunca imaginei que um dia pudéssemos dispensar paciente. Mas infelizmente não temos como recebê-los. Os leitos que temos destinados ao tratamento da Covid-19 estão em sua carga máxima, e assim, em muitos casos tivemos que dispensar o paciente”, disse uma colaboradora de um dos hospitais.
Em outro hospital, ouvimos algo ainda mais chocante. “Hoje estamos com 100% de ocupação dos leitos para a Covid. Mesmo o paciente tendo dinheiro ou plano de saúde não temos como interná-lo e tratá-lo, pois os leitos estão todos ocupados. É muito triste ver pessoas chegando aqui e termos que dizer “olha não temos vaga, você deverá procurar outra unidade de saúde”.
Dois hospitais da cidade não atendem pacientem com Covid-19. O Hospital Universitário Evangélico de Goianésia - HUEGO, e o Hospital Municipal de Goianésia - HMG - Irmã Fanny Duran. Já o Medical Vip, Hospital e Maternidade Santa Luzia, e Hospital São Carlos recebem e tratam esse tipo de paciente. Na rede pública, a UPA está equipada e continua se estruturando para atender à crescente demanda.
Hoje os números já podem ter sofrido alguma alteração, mas no momento em que visitávamos os hospitais a realidade era a seguinte.
- Medical Vip: O mais novo hospital da cidade contava com apenas um paciente, mas na semana passada chegou a estar com cinco.
- Hospital e Maternidade Santa Luzia: Hospital pioneiro em Goianésia e com destaque na área da maternidade, o hospital separou sete leitos de enfermarias/apartamentos para o tratamento da Covid-19. No momento da nossa visita todos estavam ocupados, com três homens e quatro mulheres com idades entre 32 e 89 anos.
- Hospital São Carlos: Único hospital da cidade que possui leitos de UTI’s, o hospital conta ainda com 18 leitos de enfermarias/apartamentos dedicados exclusivamente para o tratamento da Covid-19. São seis leitos para os suspeitos, seis masculinos e seis femininos. Destes leitos, 15 estavam ocupados, sendo um suspeito e 14 confirmados.
Já na UTI, a unidade conta com 10 leitos, no entanto, há também dois leitos que são semi-uti. No momento de nossa visita os 12 leitos estavam ocupados.
Não foi possível verificar a quantidade exata a quantidade de pacientes internados na UTI que eram de Goianésia, mas a priori eram apenas três.
UPA - Apesar de recentemente ter voltado a atender outros públicos, a UPA possui 16 leitos para tratamento da Covid. No momento de nossa visita existia na unidade seis pacientes em tratamento, sendo quatro intubados aguardando o surgimento de vaga em alguma UTI do Estado.
A UPA possui hoje capacidade para intubar até 12 pacientes e já traça meta para construção de uma UTI com quatro leitos. Esta UTI está em fase de construção com a maior parte de seus equipamentos adquiridos e busca por profissionais para trabalharem na Unidade.
Em resumo, nesta terça-feira, das 53 vagas disponíveis exclusivamente para o tratamento do Covid em Goianésia, 41 estavam ocupadas, ou seja, a taxa de ocupação era de 77,36%, porém, na rede particular a taxa de ocupação era de 95%.
Para que você não precise de preencher uma destas vagas ou busque e não encontre, se puder, fique em casa. Não faça aglomerações. Não participe de festas ou comemorações. Deixe pra visitar um amigou ou parente pós pandemia. Higienize sempre as mãos. Use máscara. Siga os protocolos de saúde.
Juntos venceremos esta pandemia. Faça a sua parte.