A combinação entre os recentes reajustes no preço dos combustíveis e da energia elétrica e o elevado patamar do índice que reajusta os aluguéis deve afetar toda a cadeia produtiva e encarecer o custo de vida das famílias brasileiras nos próximos meses.

Somente em fevereiro, a Petrobras já aumentou duas vezes o preço da gasolina e do diesel nas refinarias, mas novas altas não estão descartadas, porque a companhia alega existir a necessidade de um "alinhamento dos preços ao mercado internacional".

Já os preços da energia elétrica, com alta estimada de 13% para 2021 devido ao amplo uso de usinas térmicas, que são mais caras do que as hidrelétricas, segundo avaliação da Aneel - Agência Nacional de Energia Elétrica, que cobra por medidas de alívio para o setor.

Em janeiro, o IPCA - Índice de Preços ao Consumidor Amplo, popularmente conhecida como a inflação oficial de preço de economia perdeu ritmo e fechou o mês com alta de 0,25%. O resultado foi puxado justamente pela queda na conta de energia elétrica, que teve bandeira tarifária amarela, patamar que segue vigente e corresponde a um aumento de R$ 1,50 a cada 100 quilowatts-hora consumidos.