O jogo político realmente é uma caixinha de surpresa, um verdadeiro jogo de xadrez. Em Goianésia, uma bomba no cenário político pegou a população de surpresa, o que pode mudar completamente os rumos das eleições de novembro, no entanto, o martelo só deverá ser batido nas convenções partidárias que devem acontecer até meados do próximo mês.
Até então o cenário político apontava pelo menos quatro pré-candidatos a prefeito. Renato de Castro, pelo MDB, delegado Marco Antônio, pelo PSDB, Emerson da Autovip, pelo PP, e Carlos do Itapuã, pelo PT. O que era ontem, hoje já não é mais, ou pelo menos há grandes chances de não ser, e este número deverá cair para três, isto porque a eterna rivalidade entre MDB e PSDB pode estar com os dias contados.
Em outros tempos, a união entre os dois partidos foi costurada, porém, nunca foi consenso, principalmente porque ninguém, aparentemente, queria ser vice. Mas desta vez esta conversa vem mais forte, até porque ao que tudo indica está partindo do próprio MDB, diferente de outros anos. Daniel Vilela, presidente estadual do partido não quer Renato de Castro candidato, e se isto se concretizar, o atual prefeito não poderá concorrer a reeleição.
Cogitações
O que se cogita nesta rusga entre Daniel Vilela e Renato de Castro é que o filho do presidente local do MDB, Pedro Gonçalves, seja o candidato. Daniel se contrariou com Renato de Castro desde 2018 quando o prefeito decidiu apoiar Caiado ao governo do Estado. Naquele mesmo ano, Pedro Gonçalves, quer seria o candidato a deputado pelo estadual pelo MDB Goianésia também não teve o apoio do prefeito e preferiu não lançar candidatura.
Temendo ser expulso do partido, Renato até cogitou ir para outro partido, mas uma reunião em março deste ano teria selado a paz entre as partes com garantias de que ele seria o candidato do MDB, mas o jogo mudou nos últimos dias.
Agora, o nome do MDB é Pedro Gonçalves e Renato de Castro, até então, é carta fora do baralho Mdebista. O vice de Pedro seria o delegado Marco Antônia Maia, selando de vez a união entre os dois partidos que são rivais a décadas, rivalidade em tempos de PFL e PMDB, mais tarde migrada para o PSDB x PMDB e depois PSDB x MDB.
Renato de Castro
O atual prefeito continua pré-candidato, mas agora, como o partido se dividiu, irá disputar com Pedro Gonçalves o direito de representar o MDB nas eleições municipais.
Como o partido não possui apenas uma diretoria provisória, cinco pessoas deverá decidir os rumos do partido, entre elas, o ex-prefeito Gilberto Naves (tesoureiro), o presidente do partido Giovane Machado, e o pré-candidato Pedro Gonçalves. Na teoria, Pedro Gonçalves já sai com dois votos, o dele, e o de seu pai, Giovane Machado. Resta saber os votos dos outros três (Gilberto, Ronaldo Leite e Guilherminho). A comissão provisória foi montada no último dia 13 e tem validade até 13 de novembro.
Plano B
Temendo a reviravolta, a cúpula de Renato de Castro já articula possíveis nomes da base aliada para ser o Plano B, ou seja, ficar de prontidão para ser o candidato apoiado pelo prefeito Renato. Cogitou-se o nome de Lizandra, irmã de Renato, que é filiada ao DEM, mas para isto acontecer, Renato teria que ter se descompatibilizado de seu cargo de prefeito seis meses antes das eleições.
Outros nomes estão no radar. Gislene Fonseca, ex-diretora do Colégio Militar, e atual coordenadora da Secretaria Estadual de Educação, regional Goianésia, seria um dos nomes. Aparecido Costa, advogado e assessor jurídico do partido, é outro nome que surge nas entrelinhas. Tem ainda o nome de Marcos Antônio, da Marcos Interiores, Stella, e Jean Castro.
Até dia 19, outros nomes deverão surgir, mas a confiança de Renato de Castro em reverter este cenário é grande.