O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou, nesta terça-feira, 26, que o governo estuda uma quarta parcela do auxílio emergencial no combate ao coronavírus, mas com um valor menor.

Atualmente, o valor do benefício é de R$ 600, que são pagos pela Caixa Econômica Federal. Na última semana, em reunião com governadores, o ministro da Economia, Paulo Guedes, admitiu que o valor da quarta parcela poderia ser de R$ 200.

"Estamos pagando a segunda parcela, teremos a terceira e nos preparamos para uma quarta, que será um valor menor. Cada parcela está na casa dos R$ 35 bilhões, esse dinheiro vai para o endividamento do Tesouro”, afirmou. “Essa ajuda colabora e muito para não termos problemas sociais. Agora o Brasil tem de voltar à normalidade. Estou exausto de falar que desde o começo a gente tinha dois problemas: o vírus e o desemprego. E foi tratado apenas um com exclusividade, as consequências estão vindo”.

Síndrome do Sapo Fervido
Bolsonaro citou a "síndrome do sapo fervido" para falar da economia. "A parábola do sapo fervido. Você bota um sapo num caldeirão de água numa temperatura da lagoa, ele fica a vida toda, se você colocar um foguinho ele vai ficando, vai se sentindo relaxado, inchando, e quando pensa em sair quando está muito quente, está muito tarde. A questão da economia é a mesma coisa", afirmou. "Em muitos pontos do Brasil o pobre está ficando miserável e a classe média está ficando pobre. Precisamos voltar o mais próximo da normalidade possível, caso contrário entraremos na síndrome do sapo fervido".

Ajuda aos estados
Bolsonaro também confirmou que irá assinar nesta quarta-feira o texto aprovado no Congresso que estabelece uma ajuda aos estados e municípios. “Amanhã [quarta-feira], último dia, com vetos. Injeção de R$ 60 bilhões em estados e municípios, mas os prefeitos e governadores sabem que não terão outra oportunidade. Nós não podemos continuar socorrendo estados e municípios, que devem no meu entender, de forma racional, a começar a abrir o mercado”.

Bolsonaro adiantou na última semana que deve vetar o ponto que possibilita o reajuste de salários dos servidores. O veto ao ponto foi um pedido de Guedes.