A polícia também desbaratou mais de 200 quadrilhas no último ano, uma média de 1 quadrilha desarticulada a cada 2 dias. Número altamente positivo reflete o trabalho das forças de segurança com base nos eixos de integração, inteligência e integridade.

O número de operações de combate à criminalidade em Goiás cresceu 214,8% em 2019. No total, foram realizadas 16.619 ações neste sentido entre os meses de janeiro a dezembro do ano passado, enquanto em todo ano de 2018 foram 5.279 operações. A crescente produtividade é o resultado da liberdade concedida pelo governador Ronaldo Caiado para que as tropas de segurança pudessem trabalhar, tendo como único limite imposto a lei. “Nossas forças policiais trouxeram segurança para o Estado. Esse é um dos maiores orgulhos da nossa gestão: ter policiais que não dão chance para a bandidagem crescer”, afirma o governador Ronaldo Caiado.

As forças policiais também avançaram contra o crime organizado. Em 2019, foram desmanteladas 201 associações criminosas, o que representa uma média de uma quadrilha desarticulada a cada dois dias. “Em mais de 30 anos de experiência nesta área, nunca vivenciei tamanha desarticulação de criminosos em tão pouco tempo de um governo”, enfatiza o secretário de Segurança Pública Rodney Miranda.

Para o secretário, os números comprovam que o trabalho no combate à criminalidade está no caminho certo. “Nossas tropas trabalham com base nos eixos de integração, inteligência e integridade. Tudo isso resulta em ações mais eficientes na proteção da nossa população”, avalia.

Entre as principais operações de grande porte, está a Operação Puro Sangue, que resultou na maior apreensão de cocaína pura em Goiás: 532 quilos. Sete integrantes de uma quadrilha que atuava anos em Goiás foram presos, entre eles, uma boliviana que, juntamente com o marido, chefiava o grupo. Também foram detidos dois pilotos de aeronaves. A ação, realizada pela Polícia Civil –, resultou, ainda, na apreensão de duas aeronaves em R$ 600 mil e oito veículos de luxo.

Contra o crime organizado, a Polícia Civil também desarticulou uma quadrilha especializada em tráfico internacional de drogas e lavagem de dinheiro. Seis pessoas foram presas, na Operação Icarus, ao passo que os policiais também apreenderam dois jatos executivos, um helicóptero, R$ 571 mil em espécie, 11 veículos, um jet ski e 13 relógios de luxo. O grupo trazia para Goiás drogas da Bolívia, Colômbia e Peru. Em seguida, os entorpecentes eram levados para países da Europa.

Destaque também para a Operação Sétimo Selo, que desarticulou uma associação criminosa especializada em receptação e adulteração de veículos, em Goiânia. A quadrilha causou um prejuízo de R$ 50 milhões utilizando empresas de fachada para vender carros roubados. Foram cumpridos 18 mandados de prisão e 25 de busca e apreensão.  Trinta carros de luxo foram apreendidos e, por meio de decisão judicial, a Polícia Civil conseguiu o sequestro de 51 imóveis, além de depósitos de R$ 40 milhões. Além de receptação e adulteração de carros, os suspeitos atuavam com o tráfico de drogas. A quadrilha contava com dois grupos distintos, chefiados por donos de lojas de veículos.

As operações da Polícia Militar resultaram em apreensões recordes de drogas. Em novembro, por exemplo, o Comando de Operações de Divisas apreendeu, em uma única ação, duas toneladas de maconha em Acreúna e 50 quilos de skank, também conhecido como supermaconha. Os entorpecentes foram encontrados após compartilhamento de informações com a Polícia Federal. Um homem foi preso.

Não faltam exemplos de integração no combate à criminalidade. Em agosto, as polícias Civil e Militar prenderam 41 suspeitos de tráfico de drogas e armas de fogo. Eles integravam uma facção criminosa com atuação em vários estados e tinham envolvimento em crimes, como roubos e homicídios. O grupo agia de forma organizada e era dividido em células de crimes específicos. A Operação Lex Dominus contou, também, com as participações da Polícia Rodoviária Federal e da Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP).

 

Também em ação conjunta, as polícias Civil e Militar desarticularam uma quadrilha envolvida em roubos a carro-forte e ataques em agências bancárias. Um homem foi preso e armas de alto poder de fogo foram apreendidas. Com o suspeito, foram encontrados R$ 109 mil em espécie, além de munições e dois veículos utilizados em ações criminosas. Ele confessou que guardava armas de grosso calibre em Redenção, no Pará. Com apoio apoio do Serviço Aéreo da Secretaria de Estado da Casa Militar, os policiais foram até o município e encontraram três fuzis.

Segundo o titular da SSP, em 2020, as ações que já estão sendo implantadas vão garantir um combate ainda mais intenso aos criminosos. “Queremos oferecer respostas cada vez mais rápidas. Isso fará com que os indicadores criminais apresentem quedas ainda maiores do que as que já tivemos no último ano”, garante Rodney Miranda.

Forças policiais ganham reforço
Em 2019, por determinação do governador Ronaldo Caiado, a gestão investiu na criação de uma estrutura para investigar e combater os desvios de recursos públicos. Foi criada, no âmbito da Secretaria de Segurança Pública (SSP), a Superintendência de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (SCCCO), que atua na coordenação de ações e operações em parceria com delegacias especializadas. A área é responsável, ainda, por dar suporte às forças de segurança em grandes operações contra quadrilhas do crime organizado.

A Polícia Civil ganhou o Grupo Especial de Combate à Corrupção (GECCOR), que atua na repressão às infrações penais que causam prejuízo ao erário e à moralidade administrativa, bem como enriquecimento ilícito. A unidade já deflagrou duas grandes operações. A primeira foi a “Cegueira Deliberada”, que apura fraudes em licitação e desvio de recursos no Departamento Estadual de Trânsito (Detran), ocorridos entre 2015 e fevereiro de 2019.  Foram cumpridos mandados de busca e apreensão em Goiás, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Distrito Federal. Com a operação, obras de artes de alto custo e carros de luxo foram apreendidos, inclusive em outros Estados a exemplo de São Paulo, e trazidos para a sede do GECCOR, em Goiânia.

Outra operação deflagrada pelo GECCOR, a “Metástase”, investiga uma associação criminosa formada por antigos profissionais ligados ao Instituto de Assistência dos Servidores Públicos do Estado (Ipasgo) e ao Instituto Goiano de Oncologia e Hematologia (Ingoh). O grupo é suspeito de ter desviado R$ 50 milhões do Ipasgo, entre 2013 e 2018. Foram apreendidos uma aeronave, carros de luxo e obras de arte. Foram cumpridos mandados de busca e apreensão contra 19 alvos. As investigações apontaram que o superfaturamento foi feito por diversos meios, entre eles, a criação e a utilização de um robô para auditoria automática das contas do Ingoh, o que resultava na ausência de valores indevidos.