O Estado de Goiás criou 37.502 vagas de trabalho com carteira assinada no período entre janeiro e novembro de 2019. O resultado é o saldo (diferença) entre contratações e demissões.

Os dados são do CAGED - Cadastro Geral de Empregados e Desempregados - e foram divulgados nesta quinta-feira, 19, pelo Ministério do Trabalho e Emprego.

Segundo o CAGED, os dados, no acumulado entre janeiro e novembro, são positivos no setor de serviços, que teve saldo de 16.213 vagas criadas nesse período, seguido pelo setor de agropecuária com 5.987 de saldo, indústria com 5.655, comércio com 5.625 e construção civil com 4.003. O órgão também apresentou os saldos do setor de extração mineral (60), serviços de utilidade pública (21) e administração pública (-62).

Os dados do CAGED consideram apenas os empregos com carteira assinada. Existem outros números sobre desemprego apresentados pelo IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, que são mais amplos, pois levam em conta todos os trabalhadores, com e sem carteira.

Economia pulsante
A economia goiana mostra fôlego e faz contraponto com a lenta retomada do crescimento em nível nacional. Em outubro deste ano, Goiás foi o Estado que apresentou o quarto maior crescimento da produção industrial do País. As fábricas instaladas aqui tiveram crescimento da sua produção industrial de 2,8% no período entre janeiro e outubro de 2019 no comparativo com o mesmo período de 2018, superando estados industrializados como São Paulo (0,4%), Rio de Janeiro (0,9%) e Minas Gerais (-4,6%). Goiás também superou o incremento do setor industrial do Brasil, que apresentou retração (-1,1%).

Os dados são do e foram divulgados no dia 10. O crescimento foi ainda maior, segundo o IBGE, quando comparado o mês de outubro de 2019 com o mês de outubro de 2018. O desempenho da indústria nesse caso foi de 11,2%.

Ou seja, mesmo com o corte de R$ 1 bilhão nos incentivos fiscais, aprovado pela Assembleia Legislativa no final do ano passado, a indústria goiana continuou pulsante, em função das ações da atual gestão. Lembrando que as indústrias goianas tiveram incentivos fiscais da ordem de R$ 8 bilhões em 2018, praticamente metade do orçamento do Estado neste ano.

Comparativo favorável
Os números de empresas que se instalaram no Estado comprovam essa tendência de retomada do crescimento no Estado. Segundo dados da Junta Comercial do Estado de Goiás - JUCEG, de janeiro a novembro de 2019, foram abertas 22.124 novas empresas no Estado. O saldo é positivo, com 10.226 empresas, entre abertura e fechamento, o que representa aumento aproximado de 35,28%, se comparado ao mesmo período do ano passado.

Outro indicativo favorável é a balança comercial goiana, que registrou, em outubro, saldo positivo de US$ 294,8 milhões. Isso representa um crescimento de 40,8% em relação a setembro. De novo, Goiás se destaca nacionalmente, já que os números colocam o Estado como responsável por 25% de todo o saldo da balança comercial brasileira para outubro.

No acumulado de janeiro a outubro de 2019, a balança comercial de Goiás segue superavitária, exibindo saldo de US$ 2,7 bilhões. Neste período, as exportações bateram a casa dos US$ 5,7 bilhões, e as importações somaram US$ 2,9 bilhões.

Protocolos de intenção
Foram assinados pelo Governo estadual, neste ano de 2019, protocolos de intenção com 69 empresas, que vão se instalar em 40 municípios goianos. A expectativa é de geração de 45 mil empregos diretos e indiretos e investimentos previstos de R$ 2,7 bilhões. Esses números, atingidos nos primeiros 11 meses de trabalho, são maiores do que os investimentos de 2017 e 2018, somados.

Os resultados do trabalho de atração de novas empresas têm efeitos multiplicadores alavancados pela política de regionalização do desenvolvimento do Estado. Essa premissa obedece à diretriz segundo a qual a atração de empresas deve beneficiar todas as regiões de Goiás, especialmente as mais carentes, livrando-se do vício da concentração de polos empresariais em determinada e privilegiada região do Estado, o que agrava as diferenças regionais.

A ideia é mudar o cenário de concentração das empresas no Centro do Estado e levar progresso, aumento de renda e oportunidades de trabalho a todo o território goiano.

Nos 11 primeiros meses do ano, o programa Produzir teve 66 projetos aprovados, com investimentos de R$ 917 milhões. As empresas envolvidas, em vários municípios, geram 2.052 empregos diretos.