Polícia prende irmãos que se passavam por dentistas sem ter registro profissional, em Goiânia Goiás - Imagem: Polícia Civil/DivulgaçãoG1 Goiás - Dois irmãos foram presos em flagrante suspeitos de se passarem por dentistas, em Goiânia. Segundo a Polícia Civil, os dois falsos profissionais, que não tiveram os nomes divulgados, atendiam sem possuir qualquer formação, tampouco registro no Conselho Regional de Odontologia - CRO. O consultório clandestino onde eles trabalhavam, no Setor Jardim América, foi interditado e lacrado. A esposa de um deles também foi detida suspeita de fraude.
De acordo com a polícia, o advogado deles acompanhou toda a ocorrência, mas o nome do profissional não foi revelado. Um dos irmãos assinou um Termo Circunstanciado de Ocorrência - TCO - e foi solto em seguida, assim como a esposa de um deles. Já o outro, que resistiu à prisão, precisou pagar fiança - conforme prevê a Constituição - para ser liberado. A mulher de um deles também foi presa suspeita de fraudar documentos.
De acordo com o delegado Gylson Mariano Ferreira, responsável pelo caso, as investigações começaram há cerca de três meses, após uma denúncia anônima via 197. Para confirmar a atuação irregular, um policial chegou a se passar por agente e marcar uma consulta.
Durante a abordagem, um dos suspeitos tentou fugir e foi perseguido. Para adentrar o falso consultório, foi preciso arrombar a porta.
"Quando chegamos lá, havia um dos dentistas. Após a identificação da equipe de policiais, ele se recusou a abrir o portão. Foi necessário arrombar o cadeado para que a gente entrasse. Ele tentou fugir, correu pela rua. Os policiais foram trás e nesse momento foi preciso fazer o uso de algemas para evitar uma fuga", explica.
Minutos depois, o irmão dele chegou e também foi detido. Já a mulher de um deles chegou posteriormente. Segundo a polícia, ela entrou escondida em uma sala para tentar esconder provas.
“Ela tentou esconder alguns prontuários de pacientes na bolsa dela e no momento em que ia saindo foi abordada e acabou admitindo que estava retirando provas dali”, pontua.
Ferreira revela que nenhum dos dois irmãos não tinha registro profissional e a prática para os procedimentos era “só de fazer isso no dia a dia”. Mesmo assim, eles faziam atendimentos considerados complexos.
“Faziam todo tipo de procedimento, desde a confecção de próteses até procedimentos de cirurgião dentista mesmo”.
Os irmãos foram autuados por exercício ilegal da arte dentária. Um deles também responderá por resistência à prisão. Já a mulher foi autuada por tentativa de fraude.