Pedreiro é suspeito de abusar da enteada, em Goiânia — Foto: Polícia Civil/Divulgação G1 Goiás - Um pedreiro de 36 anos foi preso nesta quarta-feira, 17, suspeito de estuprar a enteada de 10 anos, no Setor Solar Bougainville, em Goiânia. De acordo com a delegada Ana Elisa Gomes, os abusos ocorreram de fevereiro a maio deste ano. A mãe da criança foi quem denunciou o caso à polícia. Em depoimento, o homem negou o crime.

Segundo a delegada, o suspeito obrigava a menina a praticar sexo com ele. Os abusos foram comprovados por exames periciais. Em depoimento à polícia, a criança mencionou que o padrasto era extremamente agressivo durante as práticas e que ela sentia muita dor.

“Ela relatou que algumas vezes chegava a colocar uma bolsa de gelo nas partes genitais para tentar amenizar a dor que sentia na região após os abusos”, afirmou Ana Elisa.

Ainda segundo a delegada, o caso só chegou ao conhecimento da Polícia Civil após uma vizinha da família descobrir os estupros praticados contra a criança e contar para uma tia materna da menina.

“Um dia, durante a violência sexual, ela gritou e a vizinha ouviu. A vizinha observou quando o homem saiu da casa, entrou e perguntou para a menina o que estava acontecendo. A vizinha ficou transtornada ao descobrir. Foi atrás de uma tia materna da menina, que contou tudo para a mãe da criança”, disse.

Ana Elisa acredita que a mãe da menina não tinha conhecimento dos abusos sexuais, por trabalhar o dia todo como operadora de caixa. A menina estuda pela manhã e fica durante à tarde em casa, período em que o pedreiro praticava os abusos.

“A própria vítima relatou que ele nunca cometeu os abusos enquanto a mãe dela estava em casa. Ele aproveitava o momento em que só a criança estava em casa”, afirmou.

À delegada, a menina disse que nunca havia comentado sobre os abusos com ninguém, pois tinha medo do padrasto. “Ele a ameaçava e dizia que, se ela contasse, iria acabar com a vida da mãe, já que a mulher é emocionalmente dependente dele. Existe uma dependência afetiva muito grande”, disse.

Após a denúncia, o pedreiro fugiu para o Maranhão, estado onde nasceu. Ele retornou à Goiânia no último domingo e foi preso na manhã desta quarta-feira.

O suspeito irá responder por estupro de vulnerável, crime que prevê de 8 a 15 anos de prisão. A pena pode ser aumentada em razão de ele ser padrasto da menina. Assim, a pena deve variar entre 12 e 22 anos de reclusão.