G1 Goiás - A Polícia Civil investiga telefonemas recebidos por quatro mulheres nos quais uma pessoa relata supostos casos de pedofilia em uma escola municipal de Iporá, região central de Goiás. Na conversa, uma mulher, que se identifica como Camila, diz que seu marido teria tido um "contato íntimo" com as filhas das mulheres, que têm 5 anos e estudam no colégio.

O G1 entrou em contato com a Secretaria de Educação de Iporá, por email, às 10h10 desta quinta-feira (28) e aguarda retorno.

Em um dos casos, a mãe gravou a conversa. Ligando de um número desconhecido, Camila afirma que, por causa do suposto contato de seu marido com a criança, queria encontrar a mulher para "fazer um acordo sobre isso".

A mãe se irrita: "Sabia que estou gravando a ligação e posso levar lá na polícia?". Camila, aparentemente tranquila, responde: "Só estou querendo conversar com você. Você que sabe, estou querendo conversar só".

Investigação
O delegado Ramon Queiroz, responsável pelo caso, disse que duas mulheres - sendo uma a que gravou a ligação - procuraram a direção da escola na última sexta-feira (22) para falar sobre o caso que, por sua vez, procurou a polícia.

"Fizemos uma reunião com os pais na escola na terça-feira [26] e outras duas mães relataram a mesma história, que tinham recebido uma ligação semelhante em outubro do ano passado, mas que não procuraram a polícia", disse ao G1.

Queiroz explicou que não há no colégio qualquer funcionário cuja esposa se chame Camila. Ele pontuou ainda que as investigações seguem no intuito de identificar a autora das chamadas.

"Tudo indica que é um trote, pois as mães não notaram nenhum tipo de mudança no comportamento das filhas, mas ficaram assustadas com o teor da conversa. Estamos em contato com as operadoras de telefonia para tentar rastrear quem fez as ligações", salienta.