G1 Goiás - A Secretaria Estadual de Educação anunciou, na sexta-feira, 18, que, para economizar recursos, vai fechar 18 escolas estaduais de Goiás. Após o anúncio, pais e alunos reclamaram da mudança, afirmando temer ser remanejados para unidades distantes de casa ou até mesmo ficar sem estudar. No entanto, a secretária Flavia Gavioli garante que ninguém vai ficar sem vaga.

 “A ordem é economizar, é racionalizar, é ser bastante sério com a aplicação do recurso público. Eu sou conhecedora do desgaste. Eu sei o tanto que isso pode ser traumático neste momento. Mas eu garanto, tudo isto que está sendo feito é justamente para que todo o povo goiano entenda que existe um ar de seriedade na aplicação dos recursos”, disse a secretária de Educação.

Conforme afirmou a secretária, trata-se de um reordenamento das escolas que estão funcionando muito abaixo de sua capacidade máxima, porém com os custos como se estivessem lotadas. Um dos exemplos é o Instituto de Educação de Goiás, em Goiânia, onde estudam 202 alunos, mesmo mantendo estrutura que poderia estar com até 1,2 mil estudantes.

No Colégio Estadual Dona Mariana Rassi, das 310 vagas da capacidade da escola, apena 102 estão ocupadas. Segundo a Secretaria, o custo mensal para manter a unidade é de R$ 2 milhões. Em São Francisco de Goiás, a 100 km de Goiânia, uma escola tem 52 alunos e 28 funcionários e também entrou na lista.

De acordo com o órgão, todos os estudantes das unidades educacionais que serão fechadas serão transferidos para outras escolas que fiquem perto de onde moram.

Escolas que serão reordenadas
* Cepi Euclides Serafim De Lima - Uruana
* Colégio Estadual São Francisco - São Francisco de Goiás
* Cepi Jardim Das Aroeiras - Goiânia
* Cepi Eunice Weaver - Goiânia
* Instituto De Educação De Goiás - Goiânia
* Cepi Dona Mariana Rassi - Goiânia
* Escola Estadual Elias Nasser - Caiapônia
* Colégio Estadual Auristela L Machado - Campos Verdes
* Colégio Estadual São Geraldo - Santa Terezinha de Goiás
* Colégio Estadual Sta Terezinha - Santa Terezinha de Goiás
* Escola Estadual Olavo Costa Campos - Heitoraí
* Cepi José Pedro De Faria - Itapuranga
* Cepi José Dilma Maciel - Montes cLaros de Goiás
* Escola Estadual Desmbargador Mario Caiado - Itapirapuã
* Escola Estadual Prª Neide Reis - Luziânia
* Cepi José Costa Paranhos - Ipameri
* Colégio Estadual Dom Bosco - Ipameri
* Escola Estadual Ladislau Alves De Souza - São Simão

Reclamações
Leila Ribeiro de Sousa é mãe de um dos 102 estudantes do Colégio Estadual Dona Maria Rassi. Ela afirma que fica preocupada já que, segundo ela, a unidade de ensino acabou de passar por uma reforma que demandou investimentos e, agora que a comunidade ia usufruir das mudanças, a escola será fechada.

“Fechar uma escola que teve uma reforma, uma grande reforma, que gastou pra arrumar. A escola está ótima, está inteira e simplesmente manda fechar”, desabafou.

Uma estudante do terceiro ano do ensino médio do IEG também desabafa afirmando que não queria se separar dos amigos. “Eu sou terceiranista e tinha o plano, junto com os meus colegas, em relação ao Enem, a aprovação, a faculdade, que são quebrados e destruídos no momento”, disse.

Em Trindade, na Região Metropolitana de Goiânia, o Colégio Estadual Sol Dourado. Lorraine Gonçalves Ferreira é uma das estudantes e, segundo a família dela, gera um gasto de R$ 300 por mês com transporte escolar, já que a escola, que é a mais perto de casa, fica a 5 km. Ela teme que o colégio também esteja na lista de reordenamento.

“Eles iam decidir se eles vão fechar mesmo ou se vão deixar só o período normal, só metade do dia. Todas as mães estão preocupadas, porque o período integral ajuda muito”, disse.