Um homem de 36 anos (Patrick Luiz dos Santos) foi preso, na manhã desta quinta-feira (8), suspeito de dar ré no carro dele e matar o filho (João Miguel Silva Souza Barbosa ) da namorada, de 1 ano e 5 meses, em Iporá, região central de Goiás. Ainda não há informações exatas sobre como o acidente aconteceu, mas a suspeita é de que o menino estivesse engatinhando e tenha sentado atrás do veículo. As informações são do G1.

De acordo com o delegado Ramon Queiroz, a mãe, que tem 18 anos, e o menino passaram a noite na casa do homem. Pela manhã, quando ela quis ir embora, o homem foi para a garagem tirar o carro dele, para que o dela ficasse liberado. O acidente aconteceu no Bairro do Sossego.

“Tinha dois carros: o dela na frente e o dele atrás. Ele ia tirar o dele para ela poder sair. Ele abriu o portão, o som já ligou e ele deu ré. Ele não viu o menino. A mãe já veio de lá gritando e foi a hora que ele viu, pela reação da mãe”, diz o delegado. “A roda passou por cima da cabeça da criança, que morreu na hora.”

O casal está junto há cerca de seis meses. Em depoimento, o homem contou que fez uso de maconha à noite junto com a namorada. Na casa, foi encontrada uma porção da droga. Ele se recusou a ser submetido a exame toxicológico.

“Não conseguimos ouvir a mãe. Ela estava muito abalada, não conseguia falar, não conseguia dizer nem o nome dela. Ela vai fazer o exame para detectar possível presença de drogas”, explicou Ramon.

“Realmente foi um acidente. Não pode falar que ele tinha intenção de tirar a vida da criança. Não é possível nem afirmar que o uso de drogas possa ter influenciado”, completou.

O homem vai ser indiciado por homicídio culposo, cuja pena prevista no Código Penal varia entre um e três anos de prisão, e por posse de droga, uma contravenção penal.

O pai do bebê, Marcos Sousa Barbosa, afirmou que o óbito não vai ficar "em vão". "Quero tudo apurado, vou correr atrás disso, correr atrás dos meus direitos. A morte do meu filho não pode ficar assim, em vão. É uma criança inocente, indefesa, não tinha como se defender de nada. Mesmo se foi descuido ou não, se foi por violência dele mesmo, quero que ele pague, se foi ele o culpado, pelo erro dele", desabafou Marcos.